sexta-feira, 30 de outubro de 2009

GESTAR EM MATÕES-MA fotos

Olá galera do GESTAR- Linguagens, hoje dia 30/2009 estamos encerrando nosso curso em Matões-MA. Está sendo um sucesso.
Até o encontro final em São Luís
Sônia Ribeiro

Cursista do Gestar de Matões, James Lopes, professor de Língua Portuguesa.

O Gestar contribui e vai continuar contribuindo em minha prática pedagógica,principalmente agora, que iremos ter mais tempo para trabalhar com esse material, que é muito inovador e útil na sala de aula.
Obrigado, e até a próxima!!!!!!!!!!

GESTAR EM MATÕES-MA


O gestar aqui em Matões está em fase de conclusão no que diz respeito aos estudos dos TPs e elaboração dos projetos. Mas, com certeza, vai continuar na nossa vida, na nossa sala de aula.
Apesar dos entraves, valeu, está valendo e valerá a pena os nossos esforços para dividir experiências e somar saberes!
Alexsandra Braz

domingo, 27 de setembro de 2009

TP4: PLANEJANDO O DESENVOLVIMENTO DE TEXTOS


Na última oficina, dia 25/09/09, no estudo do TP5, os cursistas apresentaram trabalhos referentes à unidade 18. Expuseram textos não verbais para reflexão sobre o desenvolvimento da coerência. Aproveitaram sugestões de atividades do AAA para esse estudo. Na foto acima, os cursistas reproduziram a atividade da pág. 50 do AAA5, que apresenta uma sequenciação de acontecimentos para a composição global de um texto. O trabalho incentivou a turma a partir da "parte" para chegar ao "todo", objetivando a atribuição de unidade de sentido ao texto.

GESTAR EM SANTA LUZIA DO PARUÁ: CURSISTAS, NO ESTUDO DO TP 4, CRIAM CARTAZ PARA DIVULGAR O PROGRAMA.


O cartaz de divulgação do Gestar, criado pelos cursistas e pelo formador Jocelmo Aires é um exemplo de como o planejamento da produção escrita pode se dar. Nesse trabalho, pôde-se realizar o estudo proposto por John Harris e Jeff Wilkinson sobre a hierarquização das dimensões dos gêneros dependendo da situação sociocomunicativa: 1 - consciência da audiência; 2 - relevância do conteúdo; 3 - sequência da informação; 4 - nível de formalidade; 5 - função da comunicação; 6 - convenção (formato do documento). (Referência: TP4, pág. 190, adaptada).

O cartaz foi personalizado com a foto dos cursistas de cada escola, que expuseram-no no mural oficial. Na foto acima, o cartaz com os cursistas do Colégio Carlindo Alves, que fizeram o maior sucesso na escola.

domingo, 28 de junho de 2009

LEILÃO DA SEEDUC-MA


Quem me compra a Secretaria de Educação
Do Estado do Maranhão
Que não apoia o GESTAR
Oferecendo um bom lugar?

Quem me compra essa escola
Que ao professor não dá bola
Com uma sala com zoada
Ruim de ser encontrada?

Quem me compra esta sujeira
Nesta escola desordeira?
Desejo um cantinho de paz
Porque quero estudar mais

É pedir demais?

ATÉ QUANDO TRATARÃO OS PROFESSORES ASSIM?




É lamentável que o Gestar, programa cujos fundamentos teóricos foram também elaborados pelos técnicos do MEC e parcerias não esteja recebndo o apoio logístico necessário para a execução dos trabalhos de estudo no curso de Língua Portuguesa, no Maranhão.
Os problemas na estrutra da 2ª etapa de formação em São Luís iniciaram-se na localização do prédio escolhido, que fica em bairro distante do Centro e de difícil acesso para os cursistas. Na hora do almoço, por exemplo, os participantes são obrigados a percorrer longo trajeto a fim de encontrar restaurantes, sem falar no risco de assaltos, já que o bairro fica 'deserto' nesse horário.
Ademais, a escola não oferece espaço físico adequado para a realização dos estudos. O ambiente não é climatizado e as carteiras não são apropriadas. Não há recursos audiovisuais como o data show e os banheiros, além de serem insuficientes, são pouco higienizados.
O sucesso do programa não depende somente dos cursistas e formadores, mas também daqueles que gerenciam as verbas públicas. Cabe a quem apresentam os slogans nos quais a educação é tida como prioridade cumprir com seu papel de administrador. Fato que no Brasil é raro ocorrer. Até quando os professores serão tratados assim?

domingo, 21 de junho de 2009

Relatório da II formação: Imperatriz e João Lisboa-MA


Domingo, 21 de Junho de 2009
LINGUAGEM


LEILÃO DE JARDIM ( Cecilia Meireles )

Quem me compra um jardimcom flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuisnos ninhos?

Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raiode sol?
Um lagarto entre o muroe a hera,
Uma estátua daPrimavera?

Quem me compra este formigueiro?
E este sapo que éjardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentrodo chão?

(Este é o meu leilão!)
Postado por Gestar II - Imperatriz às 08:54 0 comentários
Vamos registar. A vida é um registro.
Estado do Maranhão
Prefeitura M. de Imperatriz
Secretaria M. de Educação

Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II

Adeus!

Almoçar faz bem. Faz muito bem!
Foi no segundo dia de formação do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II, realizada entre os dias 15 e 19 de Junho de 2009, na capital do Maranhão, num bairro que poderíamos chamar de ‘cafundós do Judas’, que depois de um farto e delicioso almoço e uma ida e vinda muito cansativa e preguiçosa, aconteceu.
Uma surpresa!
Uma falta!
Um volume a menos!
Um portfólio tinha dado adeus!
Mas por quê meu Deus?
Dos males o menor. Não sumiram os portfólios das minhas cursistas que tanto me alertaram: ‘Traga de volta!’, ‘Tome cuidado!’, ‘Não deixe sumir, rasgar, sujar.’. Outras com as capas de seus portfólios acolchoadas, mas parecendo um travesseiro, desenhadas, pintadas, e não sei o que mais adas, de tanto medo em perdê-los não me deixaram expor.
Mas eu tenho uma solução para este caso. Não! Não! Eu não vou contratar um detetive. Vou sim, reorganizar outro. Afinal quem faz um, faz dois, três, faz quantas vezes for preciso. Enquanto isso eu digo: ‘Adeus, portfólio. Adeus, Portfólio.’
A segunda etapa de formação do GESTAR II está sendo uma caixa de surpresa. Refiro-me a fatos, acidentes, incidentes ocorridos. Capotagem, estresses, desconfortos, barulhos, assaltos, roubos, bolsa rasgada, perdas de celulares, óculos de grau, miséria nos bolsos dos formadores e fortuna nos bolsos dos miseráveis políticos e ‘passamentos’.
Na quarta-feira, no terceiro dia, ao voltarmos para o hotel, minha colega de Matemática do município de João Lisboa, sentiu cifras a menos nos bolsos. Seus R$ 200,00 (duzentos reais) havia dado adeus, sumiu, desapareceu. “Volta meu dinheiro, volta! Eu preciso pagar o hotel.” Pensou ela. Mas nada de volta. Só choro, desespero e vontade de voltar imediatamente para casa. Se não fosse trágico eu cantaria. “Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante... Não! Não! Saudades não. Mas bastante despertar de sentimentos mais profundos.
Para encerrar a noite de quarta-feira, incentivo e motivação para a colega foram dados e eu dizendo: ‘Jantar é bom. Jantar é muito bom!’ Ah! Gosto de mariscos. E me farto de um delicioso e caprichado prato de camarão e caranguejo, numa das bancas do Reviver. Sempre que como mariscos, sinto que eles não me fazem bem. Pôxa! Gosto tanto deles e eles... ‘Eles não gostam de mim, mas é por que eu sou...’ Não! Não! Pobre não! Alérgico.
Resultado: uma sequência de cansativa de espirros, garganta fechada, fossas nasais entupidas, olhos lacrimejando, vermelhos, inchados, rosto também inchado. Sufoco! Literalmente sufoco. Procuramos farmácia e nada. Mas encontramos bares. Sentamos, pedimos refrigerante, cerveja e vivi alguns momentos com a respiração ofegante. A boca aberta ainda era insuficiente, mas fui lutando e sem alarde venci aqueles infelizes momentos na ilha. Dúvida e uma pergunta aos colegas: ‘Alergia mata?’ E eles não pouparam na resposta: “Mata!” Nossa, como me ajudaram.
Ufa! Que medo! Depois de 30 ou 40 minutos senti uma melhora considerável e resolvi tomar, não remédio, mas uma cervejinha (moderadamente) com coca-cola. Aqui também eu canto: ‘Adeus, mariscos. Adeus, mariscos.’
Dia seguinte, durante o encontro, o calor invade o corpo e alma da professora Elenita Rodrigues. Assopros, abanações, mão no rosto, na testa, enxugando o suor e um ventilador esvoaçando seus cabelos vermelhos, queda de pressão. Maçã, sal, elementos em busca da recuperação do bem estar da professora. Aqui ela já não dizia: ‘Gente! Olha! Fiquei toda arrepiada!’ Mas podia dizer com seus textos não verbais: ‘Gente, não estou bem!’ ou ainda, ‘Como este lugar é uma porcaria! Referindo-se ao local do encontro.’ Preocupações, aglomerações, solidariedade em favor dela. Só descanso e medicação poderiam aliviar seu mal estar.
A logística desta formação nos causou um desconforto, uma insatisfação, uma intolerância. Abaixo assinado, documentos redigidos foram encaminhados às instâncias responsáveis por sediar o encontro e recepcionar os quase 700 participantes de todo o Maranhão. Quanto descaso. Quanta falta de vergonha. Quanta má vontade. De quem? ‘Prefiro não comentar.’
Prefiro agora comentar, destacar as discussões que suscitaram nesses dias:
· Cadastramento dos municípios e a quanto andas o GESTAR II;
· Socialização dos Portfólios, registros dos formadores por municípios;
· Socialização de atividades, dinâmicas e resultados (professor-aluno) desenvolvidas com os cursistas durante os estudos dos TPs, por municípios;
· Estudos dos TPs 6,1 e 2;
· Exibição de filmes (curtos ) e o longa – O carteiro e o poeta.


Considerei as discussões pertinentes, as socializações fundamentais, dessa forma pudemos conhecer a realidade de cada município e perceber que o município de Imperatriz está no caminho certo, em momento algum se perdeu nas discussões, embora sabendo e reconhecendo as nossas limitações.
Este encontro nos favoreceu momentos de crescimento profissional e de espaço para reflexão sobre o que temos trabalhado com os nossos cursistas e o que temos ainda para explorar juntamente com eles.
Encerro aqui este registro. Reconhecendo que ele não pertence a mim. Mas a você que é leitor e que poderá inferir seus pensamentos e conclusões acerca dele. Pensamento baseado na total força poética que exprime o filme: ‘O Carteiro e o poeta.’

Adeus, II formação! Adeus!

Sinceramente.
Ed Nobre.

sábado, 20 de junho de 2009

"A boa educação é como uma moeda de ouro: Tem valor em toda parte." James Lenfestex

Atenção caros cursistas de Linguagem,(de Imperatriz-MA) queremos agradecer imensamente a todos(as) pela participação intensa no GESTAR II, durante as discussões socializadas nas oficinas realizadas no TP3 e início do TP4 e ainda por acreditarem nesta nova proposta de reflexão sobre a prática pedagógica e ampliação de conhecimentos e idéias voltadas para a Disciplina de Língua Portuguesa.


agradecemos ainda por estarem levando, de fato, estas idéias e inovações aos seus alunos, ajudando-os a compreenderem melhor que o processo de ensino-aprendizagem se faz no caminhar, no refletir e pode dar-se de forma dinãmica e eficaz e por apostarem na capacidade de leitura e escrita deles.


informamaos a todos que estamos dispostos e abertos a ajudá-los e que esperamos nas próximas oficinas a mesma emplogação, dedicação e produtividade.


Fiquem atentos pois esta semana retomaremos nossas atividades do GESTAR II. Não esqueçam, leiam o TP 4, todas as unidades e façam suas anotações.


Contamos sempre com vocês.


Abraços e Sucesso sempre.


Não esqueçam de ser felizes.


Ed NObre e Icléia. (Formadores de Linguagem).

terça-feira, 9 de junho de 2009

Encontro de Formação do Gestar II

A realização do Encontro de Formação do Gestar II está programada para o período de 15 a 19 de junho, em São Luís, com um público alvo de, aproximadamente, 700 (setecentos) participantes das redes municipal e estadual, efetivando-se a 2ª etapa de capacitação dos formadores, com carga horária de 40 horas.

O local para a realização do Encontro de Formação será:

CE Almirante Tamandaré –
Rua 28, Qd. 32, s/n, IV Conj. – Cohab Anil

Diretora: Jane Maria Mesquita
Tel: 3245-2726

quarta-feira, 6 de maio de 2009

COMEÇA O GESTAR II EM SANTA LUZIA DO PARUÁ


Começou oficialmente neste dia 02/05 o Programa Gestão da Aprendizagem Escolar para professores das Séries Finais do Ensino Fundamental - GESTAR II em Santa Luzia do Paruá. Na abertura, os tutores Jocelmo Costa Aires, de Língua Portuguesa e Sandra Araújo, de Matemática estiveram juntos para a organização da 1ª Oficina Introdutória. Em plenária, falaram da importância do curso, e a coordenadora pedagógica, Profª Duceli, explicou as diretrizes e metodologias do curso. Falou ainda do atraso ocorrido no recebimento do material, fato que ocasionou o adiamento do início dos trabalhos. Foram apresentados ainda os materiais didáticos que, pelo volume, "assustaram" um pouco os cursistas, susto que foi desfeito após a explicação dos tutores acerca da utilização de tais recursos. No momento, os cursistas e coordenação decidiram que seria melhor as oficinas de estudo serem realizadas, às sextas-feiras à noite, em vez de sábado, como antes estava previsto.
Lançou-se ainda a problemática: "LETRAR-SE É CONHECER O MUNDO. ATÉ QUE PONTO NOSSOS ALUNOS O CONHECEM?" objetivando adiantar reflexões contidas no Gestar para o trabalho em Língua Portuguesa.
(Fonte: www.gestaremsantaluziadoparua.blogspot.com)

terça-feira, 17 de março de 2009

GESTAR II EM MATÕES-MA

Olá, caros colegas!
Nós aqui de Matões já estamos nas preliminares para colococar o programa em prática no nosso município. Amanhã, 18/03, será o momento da apresentação oficial do GESTAR II, um encontro entre professores da rede de ensino e formadores/coordenadores. Nesse encontro, além de expormos esse programa maravilhoso, faremos as inscrições dos cursistas.
Estamos ansiosos e na expectativa de atrair os nossos colegas de profissão, afinal quando se tem a oportunidade de se renovar enquanto profissional e de poder ajudar a renovar o nosso espaço de trabalho para a melhoria do nosso aluno, é mais que válido; é uma oportunidade que devemos abraçar com todas as forças de um educador voltado para a qualidade do ensino.
Um abraço e até as próximas novidades.
Alexsandra e Sônia Ribeiro

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sobre a profissão e o amor


"Sou professor. Vou morrer professor. (...) O sonho de qualquer professor é justamente fazer alguma diferença na vida das pessoas, de seus alunos, da comunidade. Já pensei em muitas profissões, mas a cada dia mais vejo que o mais sou e quero ser é ser professor. Por isso não me preocupo muito com bens materiais. A riqueza de um professor é aprender e ensinar a aprender." (L. A. Marins)


Adoro ouvir depoimentos. Eles tem geralmente o poder de nos motivar e colocar pra pensar em coisas diversas, coisas outras que - apesar de não tratarem da nossa vida -, de alguma forma, tbém podem dizer respeito a elas. O depoimento a seguir é de Steve Jobs, o fundador da Next, dos Estúdios Pixar e da Apple e foi proferido durante cerimônia de formatura de estudantes da Universidade de Stanford. O vídeo é longo, o texto é longo, mas valem a reflexão que eles ensejam. Deixo aqui com vocês.



*
*

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais dezoito meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei?
Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina. Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro." Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. 
E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de 6 meses, eu não podia ver valor naquilo. Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria OK. Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes.
Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo. Muito do que descobri naquele época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço.
Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante. 
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse. Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para a frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa - sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.


Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação - o Macintosh - e eu tinha 30 anos. E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses. Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício]. Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. 
Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa. Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple. E Lorene e eu temos uma família maravilhosa.
Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama. Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.


Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último". Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de 3 a 6 semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas - que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus. Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem. Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém. Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário. Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes do Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de The Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: "Continue com fome, continue bobo". Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

Obrigado.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Reflexões

"A conscientização nos convida a assumir uma posição utópica frente ao mundo, posição esta que converte o conscientizado em 'fator utópico'. Para mim o utópico não é o irrealizável; a utopia não é o idealismo, é a dialetização dos atos de denunciar e anunciar, o ato de denunciar a estrutura desumanizante e de anunciar a estrutura humanizante. Por esta razão a utopia é também um compromisso histórico." Paulo Freire, Conscientização: teoria e prática da libertação

"(...) Sobre essa questão de horizonte, lembro de uma frase de um amigo meu, o cineasta argentino Fernando Birri, dita quando estávamos uma vez em Cartagena das Índias, na universidade, conversando com estudantes. Um dos estudantes perguntou para o Fernando para que serve a utopia. Aí ele respondeu: 'Eu me faço essa pergunta todos os dias. O que eu posso dizer é que, para mim, a utopia está no horizonte. Eu sei perfeitamente que nunca a alcançarei. Se eu caminho dois passos, ela se afasta dois passos. Se eu dez passos, ela fica dez passos mais distantes. Para que ela serve então? Para caminhar'. Eu sempre achei que essa é a melhor resposta possível para explicar por que ainda existe gente que é capaz de viver além da infâmia, de não confundir o tempo presente com o destino. Gente capaz de manter a certeza viva de que amanhã o mundo pode ser diferente do que é hoje."  Eduardo Galeano, declaração dada durante realização do Fórum Mundial

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mosaico



Para visualizar o arquivo em tamanho real, clique sobre a foto.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Gestar II

E agora, GESTAR?
O dia chegou
A formação começou
O calor abafou
A professora suou.
E agora, GESTAR?
E agora, amigo(a)?
Você que veio de longe
Que busca horizonte
Você que faz educação
Que aprende e ensina
E agora, GESTAR?
E agora, professor(a)?
Que tem suporte para ensinar
Que tem gêneros para mostrar
E agora, GESTAR?
Vamos lutar!
Vamos Prosseguir!
Vamos melhorar!
É agora, o GESTAR.

Ed Nobre
São Luís, 17/02/2009

O autor

Professor Ed Nobre, Imperatriz - Maranhão

Homenagem à professora

Sensacional
Lena bela
Bela Lena
Elegante
Linda
Especial
Na onda
Inteligente
Tentadora
Amiga
Uma mulher sensacional
Uma profissional inesquecível
Uma inspiração de pessoa
Nos conquistou/Nos ensinou/Nos motivou
Lena bela
Bela Lena
Sensacional!
Brincar de acróstico
No GESTAR II
Na turma de Linguagem
Só foi possível
Pelas suas emoções
Lena bela
Bela Lena
Mulher de classe/Mulher de poder/
Mulher de conhecimento/Mulher de glória!
Somos agora formadores
Agradecidos pela sua presença
Somos agora formadores
Do estado do Maranhão
Da turma de Linguagem
Com um blog de MAGESTAGEM
Que provocará a interação
Sensacional!
Lena bela
Bela Lena.

By Ed Nobre, em 20/02/09

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sejam bem-vindos(as) ao Magestagem!


Foto tirada em 18 de fevereiro de 2009, Liceu Maranhense (São Luís - MA).