domingo, 21 de junho de 2009

Relatório da II formação: Imperatriz e João Lisboa-MA


Domingo, 21 de Junho de 2009
LINGUAGEM


LEILÃO DE JARDIM ( Cecilia Meireles )

Quem me compra um jardimcom flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuisnos ninhos?

Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raiode sol?
Um lagarto entre o muroe a hera,
Uma estátua daPrimavera?

Quem me compra este formigueiro?
E este sapo que éjardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentrodo chão?

(Este é o meu leilão!)
Postado por Gestar II - Imperatriz às 08:54 0 comentários
Vamos registar. A vida é um registro.
Estado do Maranhão
Prefeitura M. de Imperatriz
Secretaria M. de Educação

Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II

Adeus!

Almoçar faz bem. Faz muito bem!
Foi no segundo dia de formação do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II, realizada entre os dias 15 e 19 de Junho de 2009, na capital do Maranhão, num bairro que poderíamos chamar de ‘cafundós do Judas’, que depois de um farto e delicioso almoço e uma ida e vinda muito cansativa e preguiçosa, aconteceu.
Uma surpresa!
Uma falta!
Um volume a menos!
Um portfólio tinha dado adeus!
Mas por quê meu Deus?
Dos males o menor. Não sumiram os portfólios das minhas cursistas que tanto me alertaram: ‘Traga de volta!’, ‘Tome cuidado!’, ‘Não deixe sumir, rasgar, sujar.’. Outras com as capas de seus portfólios acolchoadas, mas parecendo um travesseiro, desenhadas, pintadas, e não sei o que mais adas, de tanto medo em perdê-los não me deixaram expor.
Mas eu tenho uma solução para este caso. Não! Não! Eu não vou contratar um detetive. Vou sim, reorganizar outro. Afinal quem faz um, faz dois, três, faz quantas vezes for preciso. Enquanto isso eu digo: ‘Adeus, portfólio. Adeus, Portfólio.’
A segunda etapa de formação do GESTAR II está sendo uma caixa de surpresa. Refiro-me a fatos, acidentes, incidentes ocorridos. Capotagem, estresses, desconfortos, barulhos, assaltos, roubos, bolsa rasgada, perdas de celulares, óculos de grau, miséria nos bolsos dos formadores e fortuna nos bolsos dos miseráveis políticos e ‘passamentos’.
Na quarta-feira, no terceiro dia, ao voltarmos para o hotel, minha colega de Matemática do município de João Lisboa, sentiu cifras a menos nos bolsos. Seus R$ 200,00 (duzentos reais) havia dado adeus, sumiu, desapareceu. “Volta meu dinheiro, volta! Eu preciso pagar o hotel.” Pensou ela. Mas nada de volta. Só choro, desespero e vontade de voltar imediatamente para casa. Se não fosse trágico eu cantaria. “Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante... Não! Não! Saudades não. Mas bastante despertar de sentimentos mais profundos.
Para encerrar a noite de quarta-feira, incentivo e motivação para a colega foram dados e eu dizendo: ‘Jantar é bom. Jantar é muito bom!’ Ah! Gosto de mariscos. E me farto de um delicioso e caprichado prato de camarão e caranguejo, numa das bancas do Reviver. Sempre que como mariscos, sinto que eles não me fazem bem. Pôxa! Gosto tanto deles e eles... ‘Eles não gostam de mim, mas é por que eu sou...’ Não! Não! Pobre não! Alérgico.
Resultado: uma sequência de cansativa de espirros, garganta fechada, fossas nasais entupidas, olhos lacrimejando, vermelhos, inchados, rosto também inchado. Sufoco! Literalmente sufoco. Procuramos farmácia e nada. Mas encontramos bares. Sentamos, pedimos refrigerante, cerveja e vivi alguns momentos com a respiração ofegante. A boca aberta ainda era insuficiente, mas fui lutando e sem alarde venci aqueles infelizes momentos na ilha. Dúvida e uma pergunta aos colegas: ‘Alergia mata?’ E eles não pouparam na resposta: “Mata!” Nossa, como me ajudaram.
Ufa! Que medo! Depois de 30 ou 40 minutos senti uma melhora considerável e resolvi tomar, não remédio, mas uma cervejinha (moderadamente) com coca-cola. Aqui também eu canto: ‘Adeus, mariscos. Adeus, mariscos.’
Dia seguinte, durante o encontro, o calor invade o corpo e alma da professora Elenita Rodrigues. Assopros, abanações, mão no rosto, na testa, enxugando o suor e um ventilador esvoaçando seus cabelos vermelhos, queda de pressão. Maçã, sal, elementos em busca da recuperação do bem estar da professora. Aqui ela já não dizia: ‘Gente! Olha! Fiquei toda arrepiada!’ Mas podia dizer com seus textos não verbais: ‘Gente, não estou bem!’ ou ainda, ‘Como este lugar é uma porcaria! Referindo-se ao local do encontro.’ Preocupações, aglomerações, solidariedade em favor dela. Só descanso e medicação poderiam aliviar seu mal estar.
A logística desta formação nos causou um desconforto, uma insatisfação, uma intolerância. Abaixo assinado, documentos redigidos foram encaminhados às instâncias responsáveis por sediar o encontro e recepcionar os quase 700 participantes de todo o Maranhão. Quanto descaso. Quanta falta de vergonha. Quanta má vontade. De quem? ‘Prefiro não comentar.’
Prefiro agora comentar, destacar as discussões que suscitaram nesses dias:
· Cadastramento dos municípios e a quanto andas o GESTAR II;
· Socialização dos Portfólios, registros dos formadores por municípios;
· Socialização de atividades, dinâmicas e resultados (professor-aluno) desenvolvidas com os cursistas durante os estudos dos TPs, por municípios;
· Estudos dos TPs 6,1 e 2;
· Exibição de filmes (curtos ) e o longa – O carteiro e o poeta.


Considerei as discussões pertinentes, as socializações fundamentais, dessa forma pudemos conhecer a realidade de cada município e perceber que o município de Imperatriz está no caminho certo, em momento algum se perdeu nas discussões, embora sabendo e reconhecendo as nossas limitações.
Este encontro nos favoreceu momentos de crescimento profissional e de espaço para reflexão sobre o que temos trabalhado com os nossos cursistas e o que temos ainda para explorar juntamente com eles.
Encerro aqui este registro. Reconhecendo que ele não pertence a mim. Mas a você que é leitor e que poderá inferir seus pensamentos e conclusões acerca dele. Pensamento baseado na total força poética que exprime o filme: ‘O Carteiro e o poeta.’

Adeus, II formação! Adeus!

Sinceramente.
Ed Nobre.

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